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Supla satiriza harmonização facial e critica a IA em seu novo clipe “Queixo Novo”

Supla, o icônico “Papito” do cenário punk e rock nacional, acaba de lançar um videoclipe cheio de ironia e crítica social para seu mais recente single “Queixo Novo”, faixa que integra seu novo álbum Nada Foi em Vão, lançado em 2025.

No vídeo, ele mistura humor, exagero estético e reflexões tecnológicas para lançar luz sobre alguns dos dilemas mais modernos da sociedade.

Em tom provocativo, Supla aborda a cultura dos procedimentos estéticos e o uso desenfreado da inteligência artificial (IA), levantando a questão: até onde a tecnologia pode moldar — literalmente — a nossa identidade?

Um videoclipe que é sátira

Logo no clipe, Supla protagoniza uma espécie de “harmonização facial forçada”: os músicos de sua banda, Punks de Boutique, simulam um procedimento estético exagerado para remodelar o rosto dele.

Eles recriam seu queixo, maxilar e lábios como se estivessem esculpindo cirurgicamente.

Mas não se trata de algo real: é uma encenação bem-humorada, uma falsa harmonização facial que carrega uma mensagem forte.

Esse recurso visual permite a Supla criticar a cultura da perfeição estética.

Afinal, muitos recorrem a intervenções para aparentar algo que, na prática, pode tirá-los de si mesmos — ao invés de revelar quem eles realmente são.

 

Crítica à tecnologia e à IA

A letra de “Queixo Novo” vai além de uma simples piada visual. Supla levanta reflexões sérias sobre a dependência da tecnologia.

Ele sugere que, com a ascensão da IA, as pessoas encontram atalhos artificiais para se transformarem — fisicamente e mentalmente —, abandonando a singularidade em nome de ideais estéticos padronizados.

Ele critica como a IA facilita “a mudança física, a perda da essência e o fato de você se tornar irreconhecível”.

Assim, a música se torna uma espécie de alerta: será que, no futuro, vamos delegar à tecnologia até mesmo a escolha sobre quem queremos ser?

Contexto do álbum e da carreira de Supla

“Queixo Novo” faz parte do álbum Nada Foi em Vão, que marca mais uma fase da carreira de Supla.

No disco, ele continua navegando por temáticas intensas, misturando sua pegada punk com reflexões existenciais e críticas sociais.

Não é a primeira vez que Supla dialoga com a tecnologia em sua arte.

Anteriormente, em seu videoclipe para “Mamma’s Boy”, ele também abordou a IA, reforçando que esse tema tem ganhado cada vez mais espaço em seu trabalho.

 

Direção e estética do clipe

O videoclipe de “Queixo Novo” é dirigido por Victoria Brito, que traz uma estética bem pensada para reforçar a sátira.

Segundo relatos, o vídeo aposta em exageros visuais — rostos “recalchutados” — para enfatizar a crítica aos procedimentos estéticos.

Ao mesmo tempo, a produção não é só crítica: há leveza, sarcasmo e até certa diversão.

Em declarações, Supla reconhece que cada pessoa é livre para usar o corpo como quiser, mas também alerta para os riscos de ir muito longe.

A proposta criativa acaba dando uma resposta artística à cultura das redes sociais, da pressão estética e da tecnologia instantânea.

Reflexões mais profundas

Além de criticar o uso estético da IA, Supla parece fazer um alerta mais amplo: a tecnologia não deve substituir a humanidade.

Quando usamos recursos artificiais para mudar nossa aparência ou identidade, há o risco de perder nossa originalidade — ou pior, nos tornar uma versão padronizada de nós mesmos.

Por outro lado, ele também sugere responsabilidade: cada um pode escolher como usar a tecnologia, mas deve ter consciência dos efeitos dessas escolhas.

Como ele disse em entrevista, “cada um é livre para fazer o que quiser com o corpo, mas só tem que tomar cuidado.”

Logo, o videoclipe de “Queixo Novo” funciona como um convite à reflexão: será que estamos indo longe demais na busca pela estética perfeita?

Supla

Conclusão

Com “Queixo Novo”, Supla entrega mais do que uma música: ele entrega uma crítica afiada e bem-humorada aos excessos estéticos e à dependência da tecnologia.

Através de uma encenação irônica de harmonização facial e metáforas sobre IA, ele questiona a cultura da perfeição e nos provoca a pensar sobre quem somos e quem queremos ser.

Além disso, o clipe reforça a capacidade de Supla de se renovar — não apenas musicalmente, mas também conceitualmente, incorporando debates atuais à sua arte.

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Autor

Olá, meu nome é Lucas Menezes do site Under Miusic e eu tenho 35 anos. Trabalho com criação de conteúdo e marketing digital desde 2014. Sou formado em Publicidade e Propaganda e além desde site, tenho outros projetos na internet.