O Nothing But Thieves é um exemplo raro de banda que conseguiu unir talento, autenticidade e consistência em uma trajetória meteórica.
O grupo inglês, que começou sua história modesta em uma sala de aula, hoje é considerado uma das maiores revelações do rock alternativo contemporâneo.
Com um som que mistura intensidade, letras profundas e uma performance de palco arrebatadora, o quinteto conquistou fãs ao redor do mundo e se consolidou como uma das bandas mais relevantes da nova geração.
Neste post, vamos revisitar a trajetória do Nothing But Thieves, desde seus primeiros passos até o estrelato global, destacando os marcos mais importantes da carreira, o estilo musical inconfundível e o impacto cultural que o grupo vem deixando na cena do rock.
Nothing But Thieves: quando tudo começou na escola
A história do Nothing But Thieves teve início em 2012, na cidade de Southend-on-Sea, no Reino Unido.
Tudo começou quando os amigos Conor Mason (vocalista), Joe Langridge-Brown (guitarrista) e Dominic Craik (guitarrista e tecladista) decidiram unir seus talentos musicais.
Mais tarde, completaram a formação com Philip Blake (baixista) e James Price (baterista).

O ambiente escolar foi o ponto de partida dessa parceria. Entre aulas e conversas sobre música, os integrantes descobriram que tinham uma conexão artística forte, especialmente pela paixão em comum por bandas como Radiohead, Jeff Buckley e Muse.
Essa influência é perceptível até hoje, refletida na combinação de rock alternativo, indie e elementos eletrônicos que marcam o som da banda.
Ainda que começassem de forma simples, o grupo já demonstrava ambição e comprometimento.
Com composições próprias e um estilo que fugia do comum, o Nothing But Thieves logo começou a chamar atenção no cenário local.
O primeiro grande passo: o álbum da Nothing But Thieves
O lançamento do álbum autointitulado Nothing But Thieves em 2015 foi um divisor de águas.
Com singles como Trip Switch, Itch e Ban All the Music, o disco conquistou críticas positivas e apresentou o quinteto ao mundo.
A força do vocal de Conor Mason, aliada às guitarras intensas e às letras existenciais, criou uma identidade sonora única.
O sucesso foi tanto que o álbum alcançou o Top 10 das paradas britânicas e rendeu à banda convites para turnês internacionais.
Além disso, o single Trip Switch foi destaque em diversas rádios alternativas e até entrou na trilha sonora de jogos e séries, ampliando ainda mais o alcance do grupo.
A consagração: Broken Machine e o amadurecimento sonoro
Dois anos depois, em 2017, o Nothing But Thieves lançou Broken Machine, o segundo álbum de estúdio. O disco trouxe uma sonoridade mais polida e experimental, explorando novos temas e texturas.
Com faixas como Amsterdam, Sorry e Particles, a banda mergulhou em reflexões sobre ansiedade, caos social e vulnerabilidade emocional.
O álbum recebeu aclamação da crítica, que destacou a evolução musical do grupo e a maturidade das composições.
Além disso, as apresentações ao vivo durante a turnê consolidaram o Nothing But Thieves como uma das bandas mais poderosas dos palcos da atualidade.
Com a turnê mundial, o grupo passou por países da Europa, América do Norte, Ásia e Oceania, conquistando uma base de fãs leal e apaixonada.
Entre desafios e inovação: Moral Panic e o novo horizonte do rock
Em 2020, em meio à pandemia e a um contexto global de incertezas, o Nothing But Thieves lançou Moral Panic.

O álbum representou uma guinada criativa, combinando o rock alternativo com elementos eletrônicos e letras que abordam o impacto das redes sociais, a polarização política e a ansiedade coletiva.
Com faixas como Is Everybody Going Crazy?, Real Love Song e Impossible, o grupo mostrou maturidade artística e coragem para explorar novos territórios sonoros.
Mesmo com a impossibilidade de realizar shows presenciais naquele momento, o álbum foi um sucesso nas plataformas digitais e consolidou o quinteto como uma das bandas mais inovadoras do rock moderno.
Pouco depois, em 2021, o grupo lançou Moral Panic II (The Complete Edition), adicionando novas músicas e dando continuidade ao universo conceitual iniciado no projeto original.
O impacto global e o reconhecimento da crítica
O sucesso do Nothing But Thieves não se limita apenas às paradas musicais. A banda se tornou um símbolo de autenticidade dentro de uma indústria dominada por tendências passageiras.
A presença constante em festivais como Reading & Leeds, Glastonbury, Lollapalooza e Rock am Ring reforçou sua posição de destaque no cenário mundial.
Além disso, o grupo já abriu shows para grandes nomes, como Muse e Arcade Fire, o que contribuiu ainda mais para o crescimento da carreira internacional.
Críticos e fãs elogiam principalmente a intensidade das apresentações ao vivo e o alcance vocal impressionante de Conor Mason, considerado um dos melhores vocalistas da cena alternativa atual.
O novo capítulo: Dead Club City e a consolidação definitiva
Em 2023, o Nothing But Thieves lançou Dead Club City, um álbum conceitual que trouxe uma nova abordagem estética e narrativa.
Inspirado na ideia de uma cidade fictícia onde tudo é permitido, o disco mistura crítica social e imaginação criativa, resultando em uma obra marcante.
Com canções como Welcome to the DCC e Overcome, o álbum conquistou novamente elogios da crítica e garantiu o topo das paradas no Reino Unido.
Além disso, a turnê mundial que se seguiu foi uma das mais bem-sucedidas da carreira da banda, com ingressos esgotados em diversas cidades.
Esse trabalho confirmou que o Nothing But Thieves não é apenas uma promessa, mas uma realidade consolidada no cenário musical global.
O segredo do sucesso: autenticidade e inovação
O que diferencia o Nothing But Thieves de tantas outras bandas contemporâneas é a capacidade de se reinventar sem perder a essência.
A cada álbum, o grupo apresenta uma nova camada sonora e lírica, explorando temas profundos com honestidade.
Outro ponto importante é o cuidado com os detalhes em cada produção.
Desde os arranjos e letras até os videoclipes e a estética visual, tudo é pensado para criar uma experiência completa.
Além disso, o relacionamento direto com os fãs — seja por meio das redes sociais ou das performances ao vivo — fortaleceu a conexão emocional que o público sente pela banda.
Nothing But Thieves: Do anonimato ao topo do mundo
A trajetória do Nothing But Thieves é um verdadeiro exemplo de como o talento aliado à dedicação pode transformar uma história simples em uma jornada de sucesso global.
Da sala de aula em Southend-on-Sea aos grandes palcos internacionais, a banda provou que o rock ainda tem muito a dizer.
Hoje, o grupo é referência no cenário alternativo e inspira uma nova geração de músicos e fãs.
Com letras intensas, melodias envolventes e uma entrega artística inquestionável, o Nothing But Thieves reafirma a força do rock no século XXI.