Na última semana — mais precisamente entre os dias 26 de setembro e 2 de outubro — o cantor americano Alex Warren reafirmou sua liderança no ranking das músicas internacionais mais ouvidas em São Paulo, segundo levantamento divulgado pelo Spotify Charts. Com o single “Ordinary”, ele ocupa o primeiro lugar da lista, ao passo que Linkin Park, Lady Gaga & Bruno Mars e Teddy Swims figuram nas posições subsequentes.
O resultado confirma uma tendência já observada nas semanas anteriores: Warren mantém domínio consistente e atrai atenção não apenas pelo desempenho local, mas por sua presença crescente em rankings mundiais. Neste artigo, trazemos os destaques do ranking, o contexto da carreira de Alex Warren e o que essa conquista representa para a dinâmica musical em São Paulo.
O ranking da semana: o que mudou (ou não)
De acordo com a apuração mais recente, a classificação das quatro músicas internacionais mais ouvidas em São Paulo ficou assim:
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Ordinary — Alex Warren
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In The End — Linkin Park
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Die With A Smile — Lady Gaga & Bruno Mars
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Lose Control — Teddy Swims
Essa configuração revela alguns pontos relevantes:
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Estabilidade no topo: “Ordinary”, de Alex Warren, segue liderando entre as faixas internacionais, o que indica que sua aceitação no mercado paulistano vai além do sucesso momentâneo.
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Presença de clássicos e lançamentos recentes: a lista traz tanto um clássico como “In The End”, do Linkin Park, quanto faixas novas, caso de “Die With A Smile”, colaborativa entre Gaga e Bruno Mars — música essa pertencente ao álbum Mayhem, lançado recentemente.
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Diversidade de perfis: Teddy Swims, em quarto lugar com “Lose Control”, representa um artista com perfil mais emergente em comparação aos veteranos que aparecem no ranking.
Vale destacar que essa lista é restrita às músicas internacionais; portanto, não mostra o panorama completo da preferência musical dos paulistanos — mas sim seu recorte para o mercado globalizado.
Quem é Alex Warren — trajetória e estratégias
Para entender o peso dessa conquista, é importante conhecer o percurso de Alex Warren. Ele assinou contrato com a gravadora Atlantic Records em 2022 e desde então vem alternando entre lançamentos constantes e presença digital estratégica.
“Ordinary” foi lançado no início de 2024 e serviu como single principal da primeira parte do projeto You’ll Be Alright, Kid (Chapter 1). A canção já figura há várias semanas (não consecutivas) na Billboard Hot 100, o que demonstra impacto além da esfera local.
Posteriormente, em 18 de julho de 2025, Warren lançou a segunda parte do álbum com dez faixas inéditas, incorporando colaborações como “Bloodline” (com Jelly Roll) e “On My Mind” (em parceria com Rosé).
Além disso, ele está em turnê com o projeto Cheaper Than Therapy, iniciada em 9 de agosto e com encerramento previsto para 15 de outubro, nos EUA.
Antes do sucesso massivo nas plataformas de streaming, Warren já explorava meios digitais: ele chegou a atuar no YouTube e teve participação no projeto colaborativo do TikTok, o Hype House, especialmente durante a pandemia, o que contribuiu para sua visibilidade inicial.
Relevância do ranking paulista
Mas por que essa liderança em São Paulo importa? A resposta está em vários aspectos:
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Mercado estratégico: São Paulo é um dos centros culturais e musicais mais influentes do país. O desempenho local tende a ecoar em outras regiões e redes de rádio.
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Indicador de penetração internacional: quando um artista internacional lidera rankings regionais brasileiros, isso demonstra que suas músicas ultrapassam barreiras linguísticas e culturais.
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Pressão competitiva: manter-se no topo exige constante renovação e engajamento — sobretudo quando se considera que novos lançamentos disputam espaço semanalmente.
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Marketing e posicionamento: uma liderança como essa serve de argumento para divulgação, parcerias e estratégias promocionais junto a gravadoras e plataformas.
Além disso, o fato de um artista emergente (ou com carreira ainda em expansão) conseguir esse desempenho reforça o papel das redes sociais e das plataformas de streaming na descoberta/trajetória de novos nomes.
Comparativo com semanas anteriores
Não se trata de uma estreia isolada. Warren vinha já se destacando nas semanas anteriores. Em agosto, por exemplo, ele também figurava no topo entre os dias 15 e 21 daquele mês.
Também merece atenção o contexto apontado em outras edições: por vezes, menos de quatro músicas internacionais compõem o ranking das mais tocadas em São Paulo, o que mostra a força relativa do mercado nacional frente ao cenário global.
Portanto, a manutenção da posição de liderança reflete consistência e não mero acaso.
Perspectivas e desafios para Warren
Embora o momento seja favorável, manter-se nessa posição requer atenção aos seguintes fatores:
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Renovação constante: para não perder relevância, é necessário lançar material novo com certa frequência ou realizar colaborações impactantes.
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Conexão com o público local: conhecer o comportamento do ouvinte paulistano, inserir-se em playlists regionais e realizar ações promocionais locais podem fortalecer ainda mais seu desempenho.
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Sustentabilidade artística: expandir o repertório, explorar diferentes estilos ou parcerias mais ousadas pode evitar estagnação.
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Concorrência crescente: grandes nomes da música internacional — com investimentos robustos de marketing — disputam esse espaço. É preciso se manter competitivo.
Se ele conseguir equilibrar esse conjunto — conteúdo relevante, engajamento nas plataformas, inserção local e criatividade — há boas chances de não apenas permanecer no topo em São Paulo, mas conquistar novos rankings e públicos.
O que isso indica para o mercado musical
O cenário desenhado por esse ranking sugere algumas tendências:
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Internacionalização reforçada: artistas estrangeiros conseguem cada vez mais espaço em rankings regionais brasileiros, o que evidencia a convergência musical global.
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Importância das plataformas de streaming: rankings como o do Spotify Charts são referências de consumo real; assim, aparecer bem nessas listas já é um valioso indicador para gravadoras e agentes.
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Efeito de “cascade” nas rádios e playlists locais: liderança no Spotify pode impulsionar programações de rádio, curadoria de playlists locais e maior exposição em veículos regionais.
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Espaço para artistas “de nicho”: nomes que não são megastars podem entrar nas disputas se souberem aproveitar tendências e estratégias digitais eficientes.
Em suma, o panorama mostra que não apenas os grandes nomes conseguem visibilidade — com a estratégia certa, é possível conquistar posições de destaque regional.
Conclusão
A manutenção de Alex Warren no topo das músicas internacionais mais ouvidas em São Paulo confirma não apenas o sucesso de “Ordinary”, mas sobretudo a força estratégica de sua carreira digital e a crescente interconectividade do mercado musical global. Além disso, reforça que rankings locais são termômetros relevantes para medir a inserção de artistas estrangeiros no Brasil.
Se Warren seguir lançando conteúdo consistente, conectando-se com o público brasileiro e permanecendo relevante entre novos concorrentes, poderá expandir ainda mais sua presença no país — possivelmente conquistando outras capitais e consolidando sua marca no cenário da música global.